Mais de 70% dos consumidores estão preocupados com a forma como as empresas usam seus dados e 67% deles pretendem parar de comprar de marcas que usam seus dados incorretamente, aponta o estudo 2022 Trust Report, da Adobe. A pesquisa foi realizada com quase 6 mil consumidores e mais de 900 líderes na região da Europa, Oriente Médio e África (EMEA).
O levantamento da Adobe também revela que 65% dos entrevistados acreditam que as informações coletadas em interações digitais beneficiam apenas a empresa, não o consumidor. Por outro lado, para 69% dos líderes entrevistados, está mais difícil construir e manter a confiança com o consumidor do que há dois anos.
E os episódios de vazamento de dados deixam o consumidor apreensivo com o mau uso de suas informações. As pesquisas no Google por “privacidade on-line” aumentaram mais de 50% no segundo trimestre de 2020, em comparação com o mesmo período em 2019.
Com toda certeza, não são mais tolerados usar dados sem permissão, não respeitar as preferências de uso do usuário e/ou violar outras políticas de proteção de dados. E é preciso lembrar ainda que falta de transparência e incerteza sobre a real segurança no uso de dados fazem com que os consumidores confiem menos nas marcas e até deixem de comprar: 48% das pessoas no mundo todo pararam de comprar ou usar o serviço de uma empresa devido a questões de privacidade, aponta estudo da Cisco.
Como conquistar a confiança do consumidor
Então, como podemos criar um ambiente de confiança ao se tratar de coleta de dados?
Em contrapartida, clientes que confiam em uma marca tendem a comprar repetidas vezes, recomendar serviços/produtos para outros consumidores, postar reviews e comentários positivos em redes sociais da empresa. Segundo a Cisco, as empresas que estão conquistando e mantendo a confiança dos clientes observam um retorno médio de 270% (ou seja, US$ 2,70 para cada dólar gasto com privacidade).
Portanto, clientes que confiam movimentam e impulsionam o crescimento do negócio. Já compradores que vivenciam uma quebra de confiança vão embora.
Futuro do Marketing
E hoje, esta preocupação com os dados pessoais exige que o ecossistema de anúncios digitais abandone o uso de cookies de terceiros – aquele sistema que pode monitorar os hábitos de navegação de cada pessoa na web.
Afinal, como fornecer anúncios relevantes, que se alinham aos interesses dos usuários, com base nos sites que eles visitam? Como saber se esses usuários interagem com seus anúncios na web e, como resultado disso, realizam alguma ação em seu site?
Confira mais três ações para preparar seu marketing para o futuro da privacidade de dados:
1 – Colete dados próprios
Construa uma relação direta com os clientes. Os dados primários, como endereços de e-mail e histórico de compras do cliente, são precisos e seguros do ponto de vista de privacidade, uma vez que os usuários fornecem essas informações diretamente como parte de seu relacionamento com a marca.
2 – Mensure os dados com precisão
Tagueamento e mensuração adequados podem ajudar a garantir que você tenha uma visão representativa do desempenho em todos os canais.
3 – Ative seus dados com automação
A modelagem e a automação ajudam você a aproveitar ao máximo seus dados primários, combinando-os com outros sinais disponíveis para fornecer a imagem mais completa possível.
Com informações do Rock Content e do Think With Google.
FONTE: Varejo SA
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