Vendas de pulseiras e relógios inteligentes cresceu 81% em relação a 2019, e a de fones de ouvido truly wireless com alguma conexão com a internet ou função inteligente, nova categoria de estudos da IDC Brasil, cresceu 284%
Em 2020, foram vendidos 1.394.857 fitbands e smartwatches, alta de 81% em relação a 2019, e 569.781 fones de ouvido truly wireless com alguma conexão com a internet ou função inteligente, alta de 284%. Somando as duas categorias, a receita foi de R$ 2,24 milhões. Os dados são da idc Brasil, que no ano passado passou a estudar também a categoria de fones de ouvido sem fio e integrados a outros dispositivos.
O bom desempenho de vendas começou no primeiro trimestre de 2020, quando foram comercializados 319 mil pulseiras e relógios inteligentes e 113 mil fones de ouvido truly wireless, números que indicavam um crescimento, ano a ano, de 266% e 312%, respectivamente.
No segundo trimestre, com a quarentena e o fechamento do comércio, as vendas diminuíram, mas, comparadas a 2019, continuaram em alta. Entre abril, maio e junho foram vendidos 209 mil fitbands e smart watches, crescimento de 21%, e 74 mil fones de ouvido, alta de 308%.
O boom foi no terceiro trimestre, quando alguns fabricantes reportaram índices históricos de vendas, com uma demanda que se estendeu pelo 4º trimestre, destaca a consultoria. A IDC aponta que a pandemia estimulou o uso de devices para monitorar a saúde e as atividades físicas, levando o mercado a contabilizar vendas de 335 mil pulseiras e relógios inteligentes nos meses de julho, agosto e setembro de 2020, e de 530 mil no quatro trimestre, altas de 24% e 122%, respectivamente.
Explosão de consumo ainda maior experimentou a categoria de fones de ouvido sem fio. No terceiro trimestre foram vendidos 143 mil dispositivos, alta de 326% em relação ao mesmo período de 2019, e no quarto trimestre foram mais 238 mil, alta de 246%.
Segundo analistas da IDC, vários fatores contribuíram para o crescimento agressivo do mercado de fones truly wireless. Além da pandemia, que transferiu as videoconferências profissionais e as aulas para a sala de casa e levou o consumidor a investir em dispositivos para executar as atividades de trabalho ou de estudo com mais privacidade e conforto, novos players surgiram no mercado e aumentaram a competitividade.
A IDC ainda destaca o fechamento das fronteiras, que fomentou o mercado interno, iniciativas de bundle e a oferta de produtos no varejo, com queda nos preços. No quarto trimestre, por exemplo, baixou o ticket médio das duas categorias agora estudadas pela IDC Brasil. Pulseiras e smartwatches passaram de R$ 1.507 no terceiro trimestre para R$ 1.199, em média, e os fones de ouvido sem fio de R$ 814 para R$710. Para 2021, a previsão da IDC Brasil é que os preços continuem em queda, por conta da maior oferta de marcas e modelos.
Expectativas para o mercado de wearables em 2021
Em 2021, fitbands, smartwatches e fones de ouvido truly wireless continuarão experimentando forte crescimento, isso porque são categorias novas, com muito espaço para crescer e que vêm sendo bastante demandadas por um público adepto a tecnologias. A projeção para este ano é de vendas de mais de 2 milhões de unidades de pulseiras e relógios inteligentes, e de quase 1 milhão de fones de ouvido sem fio e com integração a outros dispositivos.
A IDC Brasil também prevê que o setor corporativo entrará no mercado de wearables com um pouco mais de força. O varejo continuará sendo o caminho natural dos dispositivos vestíveis, mas com o trabalho remoto cada vez mais adotado e com perspectivas desse modelo se manter ou ser adequado mesmo com o fim da pandemia, deve aumentar o número de empresas que, além de equipar seus funcionários com um notebook, oferecerá também um fone de ouvido com as facilidades de conexão com a internet e/ou outros dispositivos. Quanto à categoria de pulseiras e relógios, já contou com iniciativas B2B na área da Saúde em 2020 e em 2021 deve ganhar um reforço.
FONTE: Varejo SA
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