*Prof. Luis Lobão
Com o desenvolvimento de novos meios de pagamento, as empresas serão obrigadas a oferecer mais opções de compra para dar segurança e comodidade aos novos consumidores digitais. A pandemia acelerou o uso de aplicativos, uma mudança de hábito que provavelmente continuará com o fim da quarentena. Quando falamos em novos meios de pagamento, é importante salientar que nem sempre estamos abordando uma novidade tecnológica para o mercado, mas sim para as pessoas.
Por exemplo, pagamentos sem contato ou pagamentos com código QR não representam necessariamente inovações tecnológicas em métodos de pagamento, mas uma grande parte da população nunca considerou essas alternativas antes da pandemia.
Algumas alternativas no mercado podem fazer a diferença para o seu negócio, o que significa fidelização do cliente, agilidade no checkout e maior segurança para os colaboradores e consumidores. Pesquisas mostram que, além de preferir as transações digitais ou sem contato, principalmente, nos setores de alimentação, combustível e entretenimento, também estão crescendo.
Podemos destacar neste momento algumas modalidades: WhatsApp Pay (temporariamente suspenso pelo Banco Central), Contactless (pagamento por aproximação), QR Code (popular em países como China e Singapura), Contas Digitais (além de gratuitas, são rápidas e intuitivas), Autoatendimento (uso de totens, com interfaces que permitem interação dos consumidores), CPF Token (tecnologia para realizar pagamento e saques sem um cartão físico) e o PIX.
E é este último que promete uma grande revolução em como lidamos com o dinheiro no Brasil, trazendo milhares de vantagens para pagamentos e transferências, para quem vai comprar e também para quem vai vender. O novo meio de pagamento será lançado em novembro pelo Banco Central, cria a possibilidade e pagamento instantâneo, com disponibilidade integral – todos os dias e a qualquer hora, incluindo feriados e finais de semana. Ou seja, será rápido, conveniente e integrado, pois permite também transações entre instituições diferentes.
Todas essas vantagens se dão pelo fato de que será possível fazer pagamentos e transferências sem a necessidade de um cartão físico com senha, um boleto bancário ou do uso de diversos dados financeiros para enviar dinheiro, e porque o processamento das transações será feito diretamente pelo Banco Central, excluindo a necessidade de muitos agentes para que haja a aprovação do pagamento, tornando tudo mais veloz e mais barato.
Transações mais rápidas beneficiam a todos (compradores e vendedores). Ao contrário de outras soluções de transferência de valor e pagamento (como TED e DOC), o Pix não cobra taxas dos clientes. Hoje, ao fazer PIX em transações financeiras, você precisa compartilhar muitos dados. Com o PIX você pode receber ou transferir o valor usando apenas a chave PIX. Independentemente da data e hora da transação, você receberá PIX no mesmo momento da transação, pois a forma de pagamento pode ser utilizada 24 horas por dia durante vários dias do ano.
Não há dúvida de que o modelo PIX é mais uma forma de inclusão para pequenos negócios e entrantes no mercado. A tecnologia vai agregar um novo modelo alternativo de negócios ao mercado brasileiro. O PIX, o modelo de pagamento digital no varejo será intensificado e poderá se sobrepor em relação ao uso do dinheiro em espécie. O PIX deve ser visto com bons olhos pelos varejistas. Um dos principais fatores é a economia e as vantagens do varejo ao realizar transações. Além de oferecer maior segurança e agilidade, o sistema também ajudará as empresas a reduzir o custo de recebimento de pagamentos.
Fonte: Varejo S.A.
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