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Oito dicas para evitar fraudes na loja virtual

Levantamento indica crescimento de 28% na incidência de fraudes em comparação

com 2019 e que o prejuízo aos internautas é de R$ 2,7 bilhões



A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa (Sebrae), acabam de divulgar nova edição do estudo Fraudes Financeiras no Brasil. O levantamento mostra que houve um importante aumento nas fraudes ocorridas pela internet no Brasil, com o crescimento das compras online em função da pandemia do covid-19, que impôs medidas de restrição para o funcionamento dos estabelecimentos comerciais e também a circulação de pessoas nas ruas.


Confira a pesquisa Fraudes Financeiras no Brasil na íntegra!


Segundo a pesquisa, 59% dos internautas sofreram algum tipo de fraude financeira no Brasil nos últimos 12 meses, o que representa aproximadamente 16,7 milhões de brasileiros lesados. Um crescimento de 28% em relação à pesquisa realizada em 2019.


As cinco fraudes mais apontadas pelos entrevistados foram:

  1. Não receber por um produto ou serviço que comprou (41%);

  2. Aquisição de produtos ou serviços que veio diferente das informações especificadas pelo vendedor (41%);

  3. Clonagem de cartão de crédito ou débito (24%);

  4. Golpes por meio de ligação, e-mail, SMS ou WhatsApp informando que a vítima tinha direito a receber um dinheiro, e para conseguir a quantia, deveria fornecer dados pessoais e bancários, além do pagamento de honorários (17%);

  5. Pagamento de falsa cobrança por meio de depósito, boleto falsificado ou adulterado (15%).

Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, é importante que consumidores, empresas e poder público se unam por um debate mais amplo e por medidas que tragam mais segurança para a população. “O estudo mostra que a perda de documentos e o fornecimento inadvertido de dados, sobretudo através de atualizações cadastrais, e-mail, mensagens instantâneas ou chamadas telefônicas, são alguns dos fatores que antecederam o golpe e podem ter sido a porta de entrada dos criminosos. Entendendo que o processo de digitalização dos serviços financeiros é irreversível, e que traz consigo um grande potencial econômico, o propósito do estudo é ensejar a conscientização dos consumidores e empresários, e mobilizar o debate público sobre o assunto”, destaca Costa.


Marketplace é principal canal de venda fraudulenta

A pesquisa aponta que 39% dos entrevistados que compraram algum item e não receberam mencionaram ter feito o pagamento por cartão de crédito e 28% disseram que a empresa era de fachada em site ou perfil de rede social falso, criado apenas com o intuito de aplicar o golpe. Um quinto dos que tiveram esse problema (21%) ainda mencionaram o extravio do produto, sem que a empresa responsável fizesse a reposição.


A respeito do local onde as compras foram realizadas, 40% mencionaram sites de lojas que vendem produtos diversos, os chamados marketplaces. Vale destacar que esse percentual recuou 26 pontos percentuais na comparação com 2019 (67%). Já os sites de lojas específicas foram citados por 28% dos entrevistados, seguidos de perfis de empresa em rede social (23%).


Entre os que sofreram algum prejuízo financeiro por conta da fraude, considerando os custos incorridos para a resolução do problema e as perdas ocasionadas pela própria fraude, o valor médio do prejuízo foi de R$ 512,4, sendo que 20% mencionaram um valor acima de R$ 800. Com esses valores, estima-se que o prejuízo decorrente de fraudes financeiras sofridas no universo dos internautas brasileiros chegou a R$ 2,7 bilhões, incluídos os gastos na busca de reparação do problema.


Boas práticas de mercado contra fraudes

Com a expansão do comércio eletrônico globalmente, as tentativas de fraude cresceram na mesma proporção. Só em 2019, as perdas com fraudes mundialmente totalizaram US$ 16,9 bilhões. Em 2022, o prejuízo deve ultrapassar os US$ 31 bilhões. No ano passado, 72% das perdas se deram por meio de ataque e invasões a contas. Os dados foram apresentados na NRF Retail Converge, evento internacional que ocorre virtualmente até amanhã (25).


A fraude é, portanto, uma parte indesejada da administração de um negócio online e que exige cuidados permanentes. Para estar sempre à frente daqueles que desejam prejudicar a empresa e seus clientes, os varejistas podem e devem tomar medidas proativas para evitar fraudes.


Confira oito dicas para proteger as transações da sua loja virtual:


1 – Invista em tecnologia

A tecnologia é a principal aliada do varejo no controle de tentativas de fraude. Ao criar um ambiente totalmente controlado por sistemas de segurança, qualquer alteração estará registrada e será facilmente rastreada. Para manter sua empresa segura, existem várias soluções: inteligência artificial, blockchain, entre outras aplicações confiáveis. Converse com sua equipe de Tecnologia da Informação.


2 – Siga à risca os protocolos de segurança

A conformidade com protocolos de segurança é a primeira linha de defesa contra fraudadores em uma loja virtual. Os protocolos que estabelecem padrões de segurança ajudam a manter varejo e consumidor seguros, garantindo que as transações ocorram em um ambiente protegido e evitando que criminosos tenham acesso a dados confidenciais.


3 – Mantenha o banco de dados atualizado e utilize sistemas de autenticação

Um dos problemas mais comuns é a falsificação e uso de cartões de crédito clonados. Para evitar este tipo de fraude, mantenha o banco de dados atualizado e completo. Os dados de todos os seus clientes devem ser armazenados de forma segura e com rápido acesso. Com isso, na hora da compra, fica mais fácil solicitar o número do cartão e confrontá-lo com o dado previamente fornecido. Também é possível fazer dupla checagem de outras informações que podem travar a transação em caso da desconfiança de fraude. A confrontação de uma gama maior de dados dificulta a tentativa de golpe.


Outra efetiva medida de proteção contra fraudes é verificar o Valor de Verificação do Cartão (CVV). O código de três dígitos na parte de trás de um cartão de crédito prova que o usuário está segurando fisicamente o cartão. Certifique-se de que as compras incluam o CVV como parte do processo de pagamento.


4 – Peça senhas fortes

Senhas fortes são vitais para proteger os dados do cliente e reduzir as compras falsas. Muitas pessoas usam e reutilizam o mesmo e-mail e senhas em várias contas, e se um hacker invadir uma conta, não fará grande esforço para tentar a mesma combinação de senha e e-mail para invadir outras contas. Por isso, exija senhas com um mínimo de oito caracteres, incluindo o uso de letras maiúsculas e minúsculas, além de números e caracteres especiais. Também estimule os clientes a criar senhas exclusivas para acessar a sua loja virtual. Como alternativa, adicione autenticação de dois fatores ao negócio.


5 – Implante um sistema de gestão confiável

Invista em um sistema de gestão, controle de mercadorias e organização de estoque. Esta é uma boa estratégia de gerenciamento e uma das principais formas de combater os principais tipos de fraudes realizadas no varejo. No mercado, há uma série de programas que ajudam o empreendedor a visualizar tudo o que acontece na loja e controlar de forma rígida todas as ações. O sistema de gestão deve permitir a verificação de todas as falhas e gargalos de sua operação, identificando as vulnerabilidades que possam ser utilizadas por fraudadores.


6 – Capacite seus colaboradores

Prepare sua equipe para coibir as tentativas de fraude. Os colaboradores são os principais agentes dentro do negócio e eles são responsáveis pela maior parte das ações, sendo que sua falta de atenção, desmotivação ou desconhecimento pode ser utilizado por fraudadores para obter sucesso em seus intentos.


7 – Monitore os indicadores

Avalie o desempenho do sistema de prevenção a fraudes monitorando os principais Key Performance Indicator – Indicador-Chave de Performance, em português – de um comércio eletrônico. Isso inclui taxas de aprovação de pedidos, taxas de cobrança retroativa, taxas de revisão manual, taxas de declínio automático etc.


8 – Evite o chargeback (estorno)

Muitas lojas virtuais são vítimas de pessoas que fazem a compra, recebe o produto e, ainda assim, pede estorno. Esta é uma das fraudes mais difíceis de se detectar, pois o golpista utiliza dados limpos e verdadeiros. Por isso, use números de rastreamento para todas as entregas e exija a assinatura do destinatário no ato da entrega. Estas são exemplos de boas práticas para evitar o chargeback.


FONTE: Varejo SA

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