top of page
Foto do escritorComunicação CDL Itaúna

Paulo Guedes afirma que não elevará carga de impostos


Ministro da Economia participou na manhã de hoje (5) de audiência pública na comissão da Reforma Tributária


O ministro da Economia, Paulo Guedes, classificou de “manicômio tributário” o atual sistema de cobrança de tributos brasileiro e prometeu que o governo não vai propor aumento de carga para os contribuintes. A declaração foi dada nesta quarta-feira (5), na audiência da comissão mista formada por deputados e senadores para analisar o tema.

O ministro afirmou que o governo pretende substituir até 20 impostos por apenas um, mas não deu detalhes sobre a proposta. Guedes deu a declaração ao afirmar que o plano da equipe econômica não é elevar a carga tributária, que hoje chega a mais de 30% do Produto Interno Bruto (PIB).


“Não vamos aumentar impostos. O povo já paga imposto demais. De 18% do PIB, saltamos para 36% em alguns anos. Ou seja, acima da média dos países em desenvolvimento e sem contrapartida para a população. Nosso programa é de simplificação e de redução de impostos. A carga pode ser a mesma, mas vamos substituir e reduzir a quantidade de impostos”, explicou Guedes. 


A primeira fase da reforma tributária proposta pelo governo entregue ao Congresso prevê a unificação de dois impostos, PIS e Cofins. Já a proposta em tramitação na Câmara, na PEC 45, prevê unificação de cinco impostos, além de PIS e Cofins, IPI, ICMS e ISS. Já a PEC 110, em tramitação no Senado, prevê unificação além dos cinco, outros quatro: PIS, Pasep, CIDE-Combustíveis e Salário-Educação. 


“Primeiro nossa proposta vai conversar com a PEC 45. Depois vai conversar com a PEC 110. Depois entramos no IR”, disse o ministro.


Guedes disse que a proposta tratou apenas de impostos federais, pois respeita o “espaço” dos governadores e prefeitos em legislarem sobre seus tributos. Mas, acrescentou que a ideia é, no futuro, permitir um “acoplamento” do imposto federal a um “IVA nacional”.


O ministro afirmou que, em um segundo momento, o governo federal também enviará propostas de mudanças no Imposto de Renda e na tributação da folha de salários – criando o que ele classificou como “passaportes tributários” para aumentar a geração de empregos.


Tributação de serviços digitais


Aos parlamentares, o ministro afirmou que o governo avalia como tributar os serviços digitais, mas voltou a negar que o imposto em estudo seja uma “nova CPMF”. Ele ainda questionou aqueles que apelidam o tributo dessa forma.


“As pessoas, inadequadamente, por maldade, por ignorância, falam que isso é nova CMPF. Mas não tem problema, o tempo é senhor da razão”, afirmou.

Guedes disse que o novo tributo a ser proposto terá uma “base ampla”, mas não explicou como funcionará na prática.


“A economia é cada vez mais digital. Isso já está sendo estudado na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nos países mais avançados. Netflix, Google, todo mundo vem aqui, o brasileiro usa os serviços (…) Agora, nós ainda não conseguimos tributar corretamente e isso é uma peça importante que, sim, nós estamos estudando, temos falado sobre isso o tempo inteiro”, disse.


Paulo Guedes pediu a colaboração do Congresso e dos governadores para que a reforma possa ser implementada. Ele disse que é um federalista e precisa cumprir normas constitucionais, pois não cabe ao ministro da Economia, por exemplo, definir quanto o Estado e o Município têm que cobrar por determinado imposto.


“É uma atribuição dos entes. Quem pode uniformizar? É o Congresso, que tem capacidade de fazer isso. Cabe a nós colaborar. Retomamos a reforma num espírito construtivo. Em vez de mandarmos uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que pudesse colidir com duas outras que já estão no Congresso, uma na Câmara e outra no Senado, nós mandamos nossa proposta para que seja analisada e melhorada pela comissão mista”, afirmou. 


Confira a íntegra da audiência:





Com informações da Agência Brasil

6 visualizações0 comentário

Kommentare


bottom of page