Demanda por barreiras transparentes de proteção em estabelecimentos comerciais movimenta indústria
Os estabelecimentos comerciais ao redor do mundo estão se adaptando a uma nova rotina de prevenção contra o coronavírus. Em supermercados, farmácias, lojas de conveniência e panificadoras, por exemplo, é cada vez mais comum encontrar barreiras de proteção transparentes, fazendo uma divisão entre clientes e atendentes.
Estes produtos funcionam como escudos para preservar as pessoas da propagação do vírus e por isso obtiveram um salto significativo em sua procura. Independente dos decretos impostos pelas autoridades de saúde e sendo obrigatórias ou não de acordo com a região do país, existe o consenso de que o os ambientes passam a ser encarados como áreas de risco e que com as barreiras se consegue atendimentos mais seguros para o público.
Várias empresas estão desenvolvendo produtos que seguem essa tendência crescente de demanda gerada pela pandemia, uma das mais requisitadas têm sido as barreiras transparentes de proteção.
Segundo Carolina Wolfart Hartmann, diretora de marketing da Isoflex, empresa especializada em Gestão Visual, as barreiras tendem a se tornar itens cada vez mais naturais no comércio. “Quando a pandemia passar, as pessoas tenderão a manter alguns costumes incorporados em suas rotinas durante esse período de isolamento”, diz.
Em supermercados já era comum a improvisação de equipamentos de proteção para caixas e clientes. No transporte público, a barreira com acrílico já é natural em Maceió e São Paulo, e no Rio, há duas semanas, a prefeitura determinou instalação de vidros e acrílicos para proteger motoristas e cobradores da Covid-19.
Carolina diz que os modelos que são mais comercializados pela empresa são os em PETG (termoplástico similar ao PET), com espessura de 2 milímetros. Um possui pés de sustentação e um espaço vazado para possibilitar a passagem de documentos, dinheiro ou cartão. O outro é sem a abertura e tem uma moldura em alumínio. Contudo, as customizações são cada vez mais requeridas por empresas dos mais variados nichos de mercado.
“Agora, com a reabertura do comércio, a orientação das autoridades é manter uma distância de 2 metros de uma pessoa e outra, mas infelizmente sabemos que esse distanciamento não é respeitado. Por isso, estamos neste momento focando nossos esforços na oferta de produtos que colaboram na proteção de profissionais que trabalham na linha de frente e as pessoas que frequentam estabelecimentos comerciais”, diz Hartmann.
Produção
Uma das vantagens da indústria nacional de acrílico é que a matéria prima das telas, o MMA, toda a cadeia produtiva, chapas e peças são nacionais e não possuem dependência do mercado internacional para seu desenvolvimento. Daí a capacidade de atender às demandas.
Um exemplo do aumento da procura por acrílico se deu em Rio Preto (SP). A indústria local teve que redirecionar a produção das fábricas para atender os pedidos que surgiram depois do coronavírus. Com a fabricação de artigos como coberturas e forros estagnada por conta do fechamento do comércio, foi preciso redirecionar a produção para a confecção de balcões, fachadas e outros acessórios de proteção.
Empresas como a Acrilaser, que chegou a ter queda de 100% do faturamento, passaram a registrar aumento das vendas. “Não é como antes, mas graças a Deus está dando para manter as despesas e os funcionários. Hoje estamos com um faturamento na ordem de 60%”, disse a empresária Rute Pereira em entrevista recente jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto.
Restaurantes deverão adotar as barreiras de acrílico para a proteção dos clientes
Restaurantes
Outra importante mudança que acontecerá quando do retorno do isolamento será em relação aos hábitos de contenção de contaminações em restaurantes, fast foods e praças de alimentação. Em países asiáticos e europeus, as barreiras de proteção já se tornaram um produto quase que indispensável. No Brasil, é certo que esta necessidade chegará ao menos para os restaurantes de self-service.
Em São Paulo, os mais de 23 mil restaurantes da capital foram autorizados a funcionar com restrições, incluindo os que servem comida por quilo. Na lista de exigências está o uso de barreiras de proteção acrílica nos caixas, balcões de atendimento, recepções, locais de entrega de alimentos e similares. Tudo para evitar o contato físico entre os profissionais dos locais e os clientes.
FONTE: FCDL MG
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