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Vendedores utilizam técnicas de marketing de influência para divulgar produtos

Com equipe trabalhando de casa por causa da pandemia, varejistas capacitam vendedores em marketing e influência digital para conquistar consumidores



O sistema de trabalho remoto voltou a ganhar força no último mês, com o aumento das internações e mortes por Covid-19. Para alguns empreendimentos, inclusive do varejo, manter os colaboradores trabalhando em casa foi a alternativa encontrada para enfrentar o fechamento do comércio não essencial pelos governos e garantir a segurança e saúde dos funcionários, evitando que se contaminassem com o novo coronavírus.


Segundo dados da consultoria BTA, 43% dos negócios brasileiros tinham colaboradores trabalhando de casa em dezembro de 2020. Apesar de estar sendo impulsionado por um momento de crise, o home office parece ser uma tendência que veio para ficar: estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que, no pós-pandemia, esse modelo de trabalho deve crescer 30% no país.


“A desconfiança que se tinha sobre este modelo de trabalho desapareceu à medida que se mostrou eficaz. A necessidade de reunião presencial ficou provada em alguns casos, como conhecer clientes e fornecedores, para gerar uma conexão mais pessoal. Porém, o mesmo não aconteceu na esmagadora maioria dos encontros que demandavam esforço e dinheiro para se deslocar e reunir”, avalia Marcelo Reis, fundador da MR16 Consultoria.


Com o fechamento forçado das lojas físicas, as empresas tiveram que correr para adaptar seus processos logísticos e centralizar suas operações no ambiente digital, além de buscar novas estratégias para mobilizar a força de trabalho e garantir as comissões dos vendedores, que basicamente tiveram suas funções alteradas. A gigante Via Varejo, dona das Casas Bahia e do Ponto Frio, desenvolveu a plataforma interna “Vendedor Online” para que os colaboradores pudessem continuar vendendo mesmo em casa, só que agora via WhatsApp.


Os vendedores recebem uma lista de clientes, sugestões de produtos e argumentos de vendas. A abordagem é feita pelo telefone ou pela rede social, com o ClickToWhatsApp. A compra é concluída pelo consumidor no site das marcas e as vendas comissionadas para o vendedor. A diretora de Marketing e Comunicação da Via Varejo, Ilca Sierra, explica que a ação beneficia os vendedores e melhora a experiência do consumidor no e-commerce.


“Os clientes ficam muito mais confortáveis ao serem atendidos por um vendedor que já conhecem da loja onde estão habituados a fazerem suas compras. Essa proximidade para esclarecimento de dúvidas sobre os produtos e possibilidade de entendimento das reais necessidades do consumidor, traz confiança para fazer a melhor escolha”, conta Ilca Sierra.


A Ikesaki, varejista de produtos de beleza, resolveu aproveitar o potencial de engajamento de seus vendedores nas suas vendas online. Agora, os colaboradores contam com um perfil personalizado no e-commerce da empresa, as chamadas “lojinhas”, onde podem divulgar e indicar produtos mais ou menos como os influenciadores digitais fazem nas redes sociais. Quando os clientes encontram as indicações de seus vendedores favoritos e efetuam suas compras, o colaborador recebe uma comissão.


Para fazer com que a estratégia aconteça, semanalmente, a empresa oferece aulas de marketing digital e de influência para suas colaboradoras. Elas aprendem como ativar suas redes sociais, fazer lives e promover engajamento para suas vendas.


O vice-presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), Rodrigo Bandeira Santos, afirma que, incialmente, os varejistas se voltaram para seus próprios vendedores, mas agora buscam os pequenos empreendedores e os profissionais autônomos para reforçar a equipe de vendas virtuais.


“Esse movimento precisa vir acompanhado de uma profissionalização, seja a partir de cursos on-line, ou da orientação para que virem microempreendedores individuais (MEIs). Os representantes de vendas de empresas como Natura, Avon e Romanel já se digitalizaram. Hoje, vendem por redes sociais”, ressaltou Rodrigo Santos.


Cuidados para home office dar certo

Ao decidir adotar o home office, o empresário precisa colocar no papel todos os custos envolvidos, desde investimentos iniciais até os gastos fixos, destaca o gerente de relacionamento com o cliente do Sebrae, Enio Pinto. Isso significa, por exemplo, contabilizar a necessidade de contratar armazenamento em nuvem, comprar móveis e dar ajuda de custo para internet ou telefonia. “O funcionário precisa ter em casa as mesmas condições de trabalho que tinha no escritório”, diz Enio Pinto.


Para gerir as equipes com eficiência, sem perder a qualidade e manter o bem-estar de todos, é necessário criar uma rotina produtiva, oferecer ferramentas para organização e execução e manter uma comunicação efetiva com todos, exemplifica Joana Luz, responsável pelo Recursos Humanos (RH) da Vianuvem, plataforma inovadora de workflow digital, que ajuda empresas a operarem de forma remota.


“Aposte em ferramentas. Elas são de extrema importância para que as empresas consigam manter uma comunicação efetiva com a equipe, estipulando metas e acompanhando a demanda de cada um. Para isso, os gestores podem utilizar o Discord, o Google Meet e o Trello”, ensina Joana Luz.


É importante realizar reuniões periódicas com todas as áreas. Esta é uma ótima maneira de fazer com que toda a equipe saiba o que está acontecendo. “Encontros mensais para apresentação de resultados e futuras ações são importantíssimos”, acrescenta a gerente de RH.


Já para os novos colaboradores, é necessário que a companhia aposte em programas que ensinem e ajudem como funciona o dia a dia, além de capacitar e adaptar os objetivos de acordo com a cultura da corporação. Nesse caso, é importante realizar reuniões com a liderança, treinamentos de integração para apresentar a sua história, cultura, áreas da empresa e processos internos.


Com informações dos jornais Extra, Valor Econômico e Folha de São Paulo.


FONTE: Varejo SA

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