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Em reunião com o governador Romeu Zema, lideranças das CDLs e ACEs do estado solicitam ações efetiva



Os presidentes das CDLs mineiras e das Associações Comerciais do Estado (ACEs) tiveram na tarde da última segunda-feira (29/03), reunião virtual exclusiva com o governador de Minas, Romeu Zema, o secretário adjunto de desenvolvimento econômico, Fernando Passalio e o secretário de estado de saúde, Fábio Baccheretti.


Os mais de 180 dirigentes de ambas as entidades que participaram do encontro, reforçaram a necessidade de equilíbrio nas medidas restritivas, já que o setor de comércio e serviços é o que mais vem sofrendo os impactos da pandemia.


Dados divulgados recentemente pela Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg) revelam que entre março de 2020 e fevereiro de 2021, 64 mil negócios foram encerrados no estado. Além disso, o comércio varejista vem registrando sucessivas perdas no faturamento de acordo com pesquisa feita pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Entre fevereiro e março deste ano, o segmento registrou queda de 33% no faturamento, resultado pior que o verificado em novembro de 2020, quando a redução foi de 29%.


O governador Romeu Zema iniciou a reunião justificando a adoção da onda roxa em função das altas taxas de transmissão do vírus no estado, no número crescente de óbitos e nas ocupações máximas de leitos de UTI e enfermarias O secretário de estado de saúde, Fábio Baccheretti, reiterou que os resultados dessas ações, juntamente com o avanço do processo de vacinação, vão possibilitar a diminuição das restrições o quanto antes.


O secretário adjunto de planejamento, Fernando Passalio, por sua vez, apresentou algumas medidas econômicas que vem sendo implementadas, como o Refis do ICMS, parcelamento de débitos com Copasa e Cemig e o novo Pronampe. “Estamos sempre recebendo as demandas das entidades e pedimos que elas continuem contribuindo. Estamos trabalhando em uma série de medidas de desburocratização para que a gente tenha o melhor ambiente de negócios do país e a nossa retomada econômica seja mais rápida”, afirmou Passalio.


Entidades cobraram equilíbrio nas ações


Ao agradecer ao governador por ter aceitado participar da reunião, o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais (FCDL-MG), Frank Sinatra, ressaltou: “Temos acompanhado a angústia de cada presidente de entidade que representa a nossa classe, vendo as dores que estão sentindo em seus municípios. Precisamos adotar medidas que preservem tanto a saúde da população quanto a economia do estado”.


O presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Minas Gerais (Federaminas), Valmir Rodrigues, ressaltou a importância do diálogo com o governo para unir esforços em prol dos setores produtivos mais afetados pela pandemia. “Estamos buscando encontrar um equilíbrio nas medidas restritivas”, afirmou o presidente da Federaminas.


As perguntas dos presidentes que não foram respondidas durante a reunião, foram encaminhadas à assessoria do governador, que se comprometeu a responder em breve.


Medidas urgentes


Na opinião do presidente Frank Sinatra, o diálogo com o poder público é importante, mas o varejo não pode mais esperar e precisa de socorro imediato. “Estamos agonizando com tantos fechamentos, sobretudo as micro e pequenas empresas. Precisamos abrir as portas, retomar nosso faturamento. Por isso pedimos equilíbrio nas tomadas de decisões. O varejo não é o culpado pelo aumento de casos de Covid-19”.


É importante lembrar que os estabelecimentos comerciais têm seguido e investido rigorosamente nos protocolos sanitários listados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como a exigência do uso de máscaras, limitação de entrada de pessoas nos estabelecimentos, disponibilização de álcool em gel, higienização e demais recomendações, com isso garantindo o funcionamento de suas atividades de forma segura e consciente. O setor produtivo está fazendo a sua parte para o controle da pandemia.


Os empresários mineiros estão cientes de suas responsabilidades e têm demonstrado compromisso com a implementação em seus negócios dos protocolos sanitários de prevenção, prezando principalmente pela saúde e sobrevivência das pessoas físicas, mas também das pessoas jurídicas. São as atividades da iniciativa privada que garantem a manutenção dos postos de trabalho e ajudam a equilibrar as contas públicas com seus impostos, tão importantes nesta hora. O estado precisa lembrar da função primordial dos impostos, que é a de promover justiça social para os cidadãos.


A FCDL-MG reitera que seguirá não medindo esforços para ecoar a voz do empresariado mineiro e que lutará para manter um diálogo sólido e construtivo junto ao poder público em busca de soluções concretas e efetivas.


Impactos da Onda Roxa até o momento


No dia 17/03, o Governador Romeu Zema decretou a Onda Roxa.


Somente no comércio de bens e serviços:

  • No dia 29/3 completou-se 13 dias de fechamento

  • Prejuízo diário com base no PIB: R$ 462 milhões

  • Prejuízo econômico por 13 dias: R$ 6 bilhões.

  • São cerca de 203 mil empresas fechadas – 58%

  • São cerca de 1.470.482 postos de trabalhos não funcionando ou abaixo de sua potencialidade – 57%


Se calcularmos o prejuízo até o dia 4/04, data prevista para o término da onda roxa, o montante será em torno de R$ 8,8 bilhões.


FONTE: FCDL

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